Assessments Published on Central Mozambique as COVID-19 Cases are on the Rise: IOM 14 July 2020 While concerted COVID-19 prevention efforts in Mozambique have clearly slowed the spread of the disease, case numbers rising yesterday above 1,200, double the number from one month ago, demonstrate the urgency of continued preventative efforts. In order to provide an update on the status of prevention measures, impact of the disease and to inform the planning of further interventions, IOM recently published two COVID-19 assessment reports focused on the central Mozambique provinces of Manica, Sofala, Tete and Zambezia. The IOM Displacement Tracking Matrix (DTM) report: COVID-19 Impact Assessment in the Central Region of Mozambique offers an overview of the pandemic's impact. Conducted at the administrative post level, the report presents data on public awareness, status of healthcare services, access to services, employment and businesses, mobility restrictions, and returnees from abroad. Data was collected through interviews with representatives of more than 150 administrative posts. Of the key informants interviewed: more than half (52%) reported price increases, and 36 per cent reported product shortages, noting food and personal hygiene products as the most affected; 27 per cent reported job losses affecting most of the people in their area. One quarter reported that most business in their administrative post have closed and lack the ability to re-open. Nearly all (97%) reported having received information about COVID-19 campaigns. However, 22 per cent believe that those with the disease might hide their status for fear of stigma. Nearly all (95%) reported that public primary healthcare centres are functional, and 80 per cent stated that mobile health brigades are functional, but only 48 per cent reported having access to public hospitals. A further IOM DTM report: COVID-19 Preparedness Assessment in the Resettlement Sites Report, now in the fifth round, presents data on preparedness and awareness raising in the 72 resettlement sites in Central Mozambique, where over 95,000 individuals, displaced by Cyclone Idai and floods currently reside. Actions for COVID-19 prevention and control have been taken in 97 per cent of resettlement sites and all sites report a noticeable change in behaviours toward COVID-19 prevention. However, the need for further preparedness is ongoing: just 65 per cent of the assessed sites reported having personal protective supplies, and 61 per cent of sites indicate having new hand-washing stations with soap and water. "The most vulnerable people, including those who have faced displacement, are at heightened risk of being affected by COVID-19, due to a lack of resources to protect themselves," said IOM Mozambique Chief of Mission Laura Tomm-Bonde. "The impact of COVID-19 on livelihoods in these communities is tangible. These vulnerable communities need to be supported with information and tools to prevent COVID-19, and need further support to mitigate the wide-ranging economic and social impacts of the disease." These reports are published at a critical time; as of Tuesday, 14 July, nearly four months after the first COVID-19 was reported in Mozambique, there were a total of 1,268 COVID-19 cases—more than double the 583 cases reported one month ago (on 14 June). The four central Mozambique provinces report a total of 105 cases as of yesterday, 13 July, with 87 active cases, and two reported deaths. Mozambique's nation-wide state of emergency began on 30 March, and has been further extended until 31 July 2020. Both IOM DTM reports were produced in collaboration with Mozambique's National Institute for Disaster Management (INGC). "Preparation is essential to prevent the spread of infectious diseases. Before people in resettlement sites are affected, we need more resources to further implement protection and prevention measures," said INGC Delegate for Sofala Province Teixeira Almeida. "Prevention is the best measure – to inform communities of the risks, the need to wash hands, the importance of maintaining physical distance, and the importance of following the guidelines of the state of emergency decree. We need to work in coordination on prevention, with more comprehensive means to cover more people." IOM response has included the training of community activists at resettlement sites, who disseminate information about COVID-19 prevention. Sara Vasco, Community Activist in Bandua 2 Resettlement Site said: "We walk from house to house in the site and conduct sensitization and presentations. Residents of our site all are aware of COVID-19. The people understand and follow the guidance on how to prevent this disease, to wash hands with soap and water, use masks and keep a distance of 1.5 metres. Soap is difficult for many to obtain, so they use ashes to clean their hands. They know that people can't crowd and need to wear a mask when they go to the water spout, or when visiting neighbours. Due to COVID-19 residents make efforts not to leave the site. If they do leave they must check in at the hospital upon return, and then spend 14 days in quarantine away from others inside their house." IOM response to COVID-19 in Mozambique includes tracking mobility restriction impacts, border points status mapping, risk communication and community engagement and infection prevention and control in resettlement sites and settlements for displaced persons. Further efforts include support to points of entry screening for cross-border truck drivers, procurement of personal protective equipment for points of entry and health facilities, and support to HIV/TB patients in resettlement sites for access to care and prevention. IOM DTM in the central region of Mozambique is funded by European Civil Protection and Humanitarian Aid Operations (ECHO), USAID Bureau of Humanitarian Assistance and UK Department for International Development (DFID). For more information please contact: Sandra Black in IOM Mozambique, Tel: +258 852 162 278, Email: sblack@iom.int * * * * * Avaliações Publicadas no Centro de Moçambique aquando da subida dos casos da COVID-19: OIM 14 de Julho de 2020 Embora os esforços concertados para prevenção da COVID-19 em Moçambique tenham claramente retardado a propagação da doença, os números de casos que desde ontem situam-se acima dos 1.200, o dobro do número do mês anterior, demonstram a urgência de esforços preventivos contínuos. A fim de fornecer uma actualização sobre o estado das medidas de prevenção, impacto da doença e de informar o planeamento de novas intervenções, a OIM publicou recentemente dois relatórios de avaliação da COVID-19 centrados nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia no centro de Moçambique. O relatório da Matriz de Monitoria de Deslocados da OIM (DTM): Avaliação do Impacto da COVID-19 na Região Centro de Moçambique oferece uma visão geral do impacto da pandemia. Conduzido ao nível dos postos administrativos, o relatório apresenta dados sobre a consciencialização do público, o estado dos serviços de saúde, o acesso aos serviços, a situação do desemprego e das empresas, as restrições de mobilidade, e os retornados do estrangeiro. Os dados foram recolhidos através de entrevistas directas cara-cara com representantes de mais de 150 postos administrativos. Dos informantes-chave entrevistados: mais de metade (52%) reportaram aumentos de preços, e 36% reportaram escassez de produtos, apontando os produtos alimentares e de higiene pessoal como os mais afectados; 27% reportaram perdas de emprego que afectaram a maioria das pessoas nos seus postos. Um quarto relatou que a maioria dos negócios no seu posto administrativo fecharam e não terão capacidade para reabrir. Quase todos (97%) relataram ter recebido informações sobre as campanhas COVID-19. No entanto, 22% acreditam que as pessoas com a doença podem esconder o seu estado por receio de estigma. Quase todos (95%) relataram que os centros de saúde públicos primários estão em funcionamento, 80% afirmaram que a população tem acesso as brigadas de saúde móveis, mas apenas 48% relataram ter acesso a hospitais públicos. Um outro relatório da OIM DTM: Relatório da Avaliação da Preparação contra a COVID-19 nos Bairros de Reassentamento, agora na quinta ronda, apresenta dados sobre a preparação e consciencialização nos 72 Bairros na Região Centro de Moçambique, onde residem actualmente mais de 95.000 indivíduos deslocados pelo ciclone Idai e inundações. Foram tomadas medidas de prevenção e controlo da COVID-19 em 97% dos bairros de reassentamento e todos eles relatam uma mudança notável nos comportamentos dos deslocados em relação à prevenção da COVID-19. Contudo, a necessidade de maior preparação é contínua: apenas 65% dos bairros avaliados relataram ter material de protecção pessoal, e 61% indicam ter novas estações de lavagem das mãos com água e sabão. "As pessoas mais vulneráveis, incluindo as que enfrentaram deslocamentos, estão em maior risco de serem afectadas pela COVID-19, devido à falta de recursos para se protegerem", disse a Chefe de Missão da OIM Moçambique, Laura Tomm-Bonde. "O impacto da COVID-19 nos meios de subsistência destas comunidades é tangível. Estas comunidades vulneráveis precisam de ser apoiadas com informação e ferramentas para prevenir a COVID-19, e precisam de mais apoio para mitigar os vastos impactos económicos e sociais da doença". Estes relatórios são publicados num momento crítico; na terça-feira, 14 de Julho, quase quatro meses após o primeiro caso de COVID-19 ter sido reportado em Moçambique, havia um total de 1.268 casos COVID-19 - mais que o dobro dos 583 casos reportados há um mês (a 14 de Junho). As quatro províncias do centro de Moçambique apresentam um total de 105 casos no total até ontem, 13 de Julho, com 87 casos activos, e dois casos de morte reportados. O estado de emergência nacional em Moçambique teve início a 30 de Março, e foi prorogado novamente até 31 de Julho de 2020. Ambos os relatórios da OIM DTM foram produzidos em colaboração com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique. "A preparação é essencial para prevenir a propagação de doenças infecciosas. Antes que as pessoas nos bairros de reassentamento sejam afectadas, precisamos de mais recursos para continuar a implementar medidas de protecção e prevenção", disse o delegado do INGC para a Província de Sofala, Almeida Teixeira. "A prevenção é a melhor medida – para informar as comunidades sobre os riscos, a necessidade de lavar as mãos, a importância de manter o distanciamento físico, e a importância de seguir as directrizes do decreto do estado de emergência. Precisamos de trabalhar em coordenação na prevenção, com meios mais abrangentes para alcançar mais pessoas". A resposta da OIM incluiu a formação de activistas comunitários nos bairros de reassentamento, que divulgam informação sobre a prevenção da COVID-19. Sara Vasco, Activista Comunitária no Bairro de Reassentamento de Bandua 2, afirmou: "Andamos de casa em casa no bairro e fazemos sensibilização e apresentações. Os residentes deste bairro estão todos cientes da COVID-19. As pessoas compreendem e seguem as orientações sobre como prevenir esta doença, lavar as mãos com água e sabão, usar máscaras e manter uma distância de 1,5 metros. O sabão é difícil de obter para muitos, por isso usam cinza para limpar as mãos. Sabem que as pessoas não se podem aglomerar e precisam de usar uma máscara quando vão ao poço de água, ou quando visitam os vizinhos. Devido à COVID-19, os residentes fazem esforços para não saírem do bairro. Se saírem, devem apresentar-se no posto médico/hospital no regresso, e depois passar 14 dias em quarentena domiciliar longe dos outros". A contribuição da OIM no combate à COVID-19 em Moçambique inclui também o rastreio dos impactos da restrição da mobilidade, mapeamento dos pontos fronteiriços, comunicação dos riscos e envolvimento da comunidade, e prevenção e controlo das infecções em bairros de reassentamento e realocação para pessoas deslocadas. Outros esforços incluem o apoio a pontos de rastreio de entrada para camionistas transfronteiriços, a aquisição de equipamento de protecção pessoal para pontos de entrada e instalações de saúde, e apoio a doentes com HIV/TB em bairros de reassentamento para acesso a cuidados e prevenção. A OIM DTM na região centro de Moçambique é financiada pela Protecção Civil e Operações de Ajuda Humanitária Europeias (ECHO), Gabinete de Assistência Humanitária da USAID, e pelo Departamento para o Desenvolvimento Internacional, do Reino Unido (DFID). Para mais informações contacte Sandra Black na OIM Moçambique, Tel: +258 852 162 278, Email: sblack@iom.int |