Estudo sobre a incidência do HIV
Quadro crítico em
mulheres na Beira
RESULTADOS preliminares de um estudo sobre a incidência do HIV em mulheres na cidade da Beira apontam que 36.2 por cento daquele grupo alvo está infectado. Levado a cabo pelo Centro de Investigação de Doenças Infecciosas (CIDI), um organismo filiado a Universidade Católica de Moçambique (UCM), a pesquisa que se espera tenha sua conclusão no presente semestre mostra um quadro cada vez mais crítico em matéria de novas infecções.
Como que a corroborar com os recentes resultados da pesquisa do INSIDA que apontaram haver mais infecções nas zonas urbanas, o CIDI, através da sua coordenadora, Arlinda Basílio Zango, informou que do grupo de mulheres convidadas a fazer teste, que é constituído por gente da cidade, o grosso número é seropositivo.
Na pesquisa em causa, segundo informou a respectiva directora, contempla três fases, designadamente fase BED, ou seja, casos recentes, a segunda que é transversal e terceira é prospectiva. Arlinda Zango explicou que basicamente as três fases têm o mesmo fim que é de apurar o estado de saúde do cidadão.
A nossa interlocutora afirmou que na primeira fase do estudo o CIDI recruta pessoas que vivem com o HIV há um ano ou mais, as pessoas são recrutadas a partir do Centros de saúde. Nesta fase a meta é de recrutar 400 pessoas, o grupo alvo é de 18 a 35 anos de idade.
Por seu turno, a fase transversal caracteriza-se por recrutamento de pessoas que não conhecem o seu estado serológico. Deste grupo só é de mulheres de 18 a 35 anos, que pela primeira vez faz o teste. "Elas fazem o teste e os resultados devem sair naquele dia".
Quanto a fase prospectiva, durante um ano as mulheres fazem uma visita por mês, após terem conhecido seus resultados.(Rodrigues Luis)