Fórum de Líderes Africanos da Mídia discute regionalização de conteúdos e esteriótipos
Johanesburgo, 13 de Novembro – "Desculpem por não me concentrar em pobreza, corrupção e doenças", disse Carlos Lopes, secretário-executivo da Comissão Para a África nas Nações Unidas. Lopes fez a afirmação ao criticar "a imagem negativa" que a mídia estaria a reforçar em reportagens sobre o continente. Ele apresentou dados do crescimento econômico da região. O assunto tem dominado as discussões do Fórum de Líderes Africanos da Mídia, que acontece em Johanesburgo e termina hoje, após três dias de discussão. Tarek Atia, CEO e fundador do Programa Para Desenvolvimento da Mídia no Egipto, comentou sobre o processo de treinamento de profissionais de mídia. "Há um pressuposto de que basta treinar os jornalistas. Não é tão simples assim. É preciso ensinar habilidades básicas, depois discutir como gerir o negócio e, só então, avançar com questões como qualidade nos conteúdos", explicou. Jane Murago-Munene, directora-executiva da Federação Pan-Africana de Produtores de Filmes, reclamou da ausência de conteúdo local e regional nas televisões africanas. "Afinal, o que assistimos nas 24 horas de programação?", questionou. Cerca de 650 profissionais do sector, vindos de 60 países, em quatro continentes, estão no Fórum de Líderes Africanos da Mídia. A sustentabilidade dos modelos de negócios e as mudanças que as mídias digitais provocam também são alvo das sessões. A IREX foi convidada a participar do fórum. O Programa Para Fortalecimento da Mídia é financiado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), e implementado pela IREX.
Carlos Lopes, secretário-executivo da Comissão Para a África nas Nações Unidas
Tarek Atia, CEO e fundador do Programa Para Desenvolvimento da Mídia no Egipto.
Jane Murago-Munene, directora da Federação Pan-Africana de Produtores de Filmes
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