One Year After Cyclone Kenneth, Northern Mozambique Faces Challenges Including COVID-19 24 April 2020 Pemba – First the Cyclone, now the contagion. Northern Mozambique is reeling from nature's blows over the past year. On 25 April 2019, the Category-4 tropical Cyclone Kenneth struck the communities of some 280,000 people. The Province of Cabo Delgado, which borders Tanzania, is marked by displacement due to insecurity which generates important humanitarian needs. In February 2020, cholera was identified, affecting hundreds of people. Now COVID-19 brings a new threat. IOM's presence in Mozambique had ramped up in the six weeks following the arrival of the Category-4 Cyclone Idai, so it was well positioned to support the Government of Mozambique in Cabo Delgado where the Organization has supported cyclone response, cholera relief, and continues the provision of critical relief items to displaced populations and the government's COVID-19 response. "While many families in Cabo Delgado are still working towards recovery one year after Cyclone Kenneth, and are affected by insecurity, yet another challenge has arrived in the form of COVID-19," said IOM Mozambique Officer-in-Charge Laura Tomm-Bonde. "These families are already very vulnerable. We must continue to urgently work together with the Government of Mozambique and humanitarian partners in this high-risk period to ensure that the necessary information and health resources are available for vulnerable communities to have access to basic essential services, and to strengthen prevention measures against the spread of COVID-19." Mozambique announced its first COVID-19 case on 22 March, and on 23 April reported 46 cases (eight imported and 38 local transmissions), most located in the capital Maputo and Cabo Delgado province. According to Ministry of Health data, the largest number of cases have been identified in Cabo Delgado (26 cases), all due to local transmission. Cabo Delgado is especially vulnerable to contagion. The province has one of the highest HIV infection rates in Mozambique. There is concern that COVID-19 would be difficult to control if it spreads within those communities. Cabo Delgado province also lies along an international migration route, with migrants coming from the Horn of Africa bound for South Africa. Its border attracts migrants from neighboring provinces, as well as from nearby Malawi, Zambia, Zimbabwe and Tanzania, who conduct artisanal mining. Many miners and community members live in poor conditions. Thus, COVID-19's reach into Cabo Delgado compounds other vulnerabilities. Displaced families are living in crowded spaces with host families, which could put them at higher risk of contagion. That makes IOM's shelter support for displaced families ever more critical. IOM has been supporting the provincial health authorities in their preparedness and response activities and contributing to community awareness-raising efforts on COVID-19 prevention measures. Through Cabo Delgado's Provincial Youth and Sports Department, IOM has equipped youth volunteers with megaphones and backpack sprayers to spray public transport vehicles with chlorinated water, and is conducting awareness-raising at public gatherings and message in local languages including Muani and Maconde. IOM also provides megaphones to designated vehicles to spread prevention messages. IOM's 'It's Our Right' project, aimed at improving access to sexual and reproductive health information, is adding COVID-19 to its curriculum for the training of 200 change agents in parts of Cabo Delgado. These change agents include migrants, young people and sex workers, who will conduct mobilization activities and awareness raising sessions on Sexual and Reproductive Health and Rights, HIV, and COVID-19. The training is implemented in partnership with the INGO CUAMM; the project is funded by the Embassy of the Kingdom of Netherlands in Mozambique. * * * * * After the passage of Cyclone Kenneth, IOM and partners provided immediate emergency relief through the provision of emergency shelter and non-food items (NFIs) to more than 45,000 families, which included tarpaulins, toolkits, blankets, and other critically needed items. IOM provided 2,200 families with construction materials and labour support to build resilient shelters. IOM retrofit seven cyclone-damaged public buildings and provided Camp Coordination and Camp Management (CCCM) support in displacement sites. IOM provided mental health and medical counseling for over 2,000 people, referrals to 470 patients for specialized medical care, and psychosocial support activities for over 33,000 people. In addition, the HIV/TB programme identified over 1,300 individuals whose treatment had been interrupted, nearly 700 of whom were successfully reintegrated to treatment. The emergency cholera response reached its height in the first quarter of 2020; IOM assisted the Health Department missions to set up cholera response treatment centres, which evaluated and helped treat over 190 people and reached over 7,100 others through a variety of awareness raising activities. IOM's Displacement Tracking Matrix (DTM) has expanded its operations to 19 districts and, in coordination with the National Institute for Disaster Management (INGC), conducted eight baseline assessments capturing population estimates and geographic distribution, sectorial needs and access to services. DTM also conducted eight Multi-Sectorial Locations Assessments in five resettlement and transit sites in Cabo Delgado and Nampula provinces: According to recent DTM reports, 6,655 individuals remain displaced in resettlement and transit sites. IOM is providing multisector support to families affected by insecurity, inclusive of Mental Health and Psychosocial Support, Protection, emergency shelters and NFI, together with coordination of the Shelter and CCCM Cluster, to the extent possible and when access permits. In the past three months, IOM provided emergency shelter support and NFIs to more than 5,600 families across four districts that have received displaced people due to insecurity. For more information please contact: IOM Mozambique: Sandra Black, +258 852 162 278 * * * * * Um ano após do Ciclone Kenneth, o norte de Moçambique enfrenta desafios incluindo a COVID-19 24 Abril 2020 Pemba — Primeiro o Ciclone, agora a pandemia. O Norte de Moçambique ainda continua a sofrer os golpes da natureza durante o último ano. No dia 25 de Abril de 2019, o ciclone tropical Kenneth de categoria 4 atingiu as comunidades de cerca de 280.000 pessoas. A Província de Cabo Delgado, que faz fronteira com a Tanzânia, é marcada por deslocações devido à insegurança que gera importantes necessidades humanitárias. Em Fevereiro de 2020, a cólera foi identificada, afectando centenas de pessoas. Agora a COVID-19 traz uma nova ameaça. A presença da OIM em Moçambique tinha aumentado nas seis semanas seguintes à chegada do Ciclone Idai de categoria 4. Portanto, estava bem posicionada para apoiar o Governo de Moçambique em Cabo Delgado, onde a Organização tem apoiado a resposta ao ciclone, ajuda à cólera, e continua com fornecimento de artigos ecessiais de ajuda às populações deslocadas e na resposta do Governo à COVID-19. "Embora muitas famílias em Cabo Delgado ainda estejam a trabalhar para a recuperação um ano depois do ciclone Kenneth, e sejam afectadas pela insegurança, chegou mais um desafio sob a forma da COVID-19", disse Laura Tomm-Bonde, Encarregada do Escritório da OIM Moçambique. "Estas famílias já são muito vulneráveis. Devemos continuar a trabalhar com urgência em parceria com o Governo de Moçambique e os parceiros humanitários neste período de alto risco para garantir que as comunidades vulneráveis tenham acesso aos serviços básicos essenciais e para reforçar as medidas de prevenção contra a propagação da COVID-19". Moçambique anunciou o seu primeiro caso COVID-19 a 22 de Março, e a 23 de Abril comunicou 46 casos (oito importados e 38 de transmissão local), a maioria dos quais localizados na capital Maputo e na província de Cabo Delgado. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o maior número de casos foi identificado em Cabo Delgado (26 casos), todos devido a transmissão local. Cabo Delgado é especialmente vulnerável ao contágio. A província tem uma das mais elevadas taxas de infecção pelo HIV em Moçambique. Existe a preocupação de que a COVID-19 seja difícil de controlar se se espalhar dentro dessas comunidades. A província de Cabo Delgado também se situa ao longo de uma rota de migração internacional, com migrantes provenientes do Corno de África com destino à África do Sul. A sua fronteira atrai migrantes das províncias vizinhas, bem como das vizinhas Malawi, Zâmbia, Zimbabué e Tanzânia, que praticam a mineração artesanal. Muitos mineiros e membros da comunidade vivem em más condições. Assim, o alcance da COVID-19 em Cabo Delgado agrava outras vulnerabilidades. As famílias deslocadas vivem com famílias de acolhimento em espaços superlotados, o que pode colocá-las em maior risco de contágio. Isso torna o apoio da OIM em abrigos para as famílias deslocadas cada vez mais essencial. A OIM tem apoiado as autoridades provinciais de saúde nas suas actividades de preparação e resposta e contribuído para os esforços de sensibilização da comunidade para as medidas de prevenção da COVID-19. Através do Direcção Provincial da Juventude e Desporto de Cabo Delgado, a OIM equipou jovens voluntários com megafones e pulverizadores de mochila para pulverizar veículos de transporte público com água e cloro, e está realizando acções de consciencialização em reuniões públicas e mensagens em idiomas locais como Muani e Maconde. A OIM também fornece megafones aos veículos para difundir mensagens de prevenção. O projecto "É Nosso Direito" da OIM, que visa melhorar o acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva, está a incorporar o COVID-19 ao seu currículo para a formação de 200 agentes de mudança em partes de Cabo Delgado. Estes agentes de mudança incluem migrantes, jovens e trabalhadores de sexo, que irão levar a cabo actividades de mobilização e sessões de sensibilização sobre Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos, HIV, e COVID-19. A formação é implementada em parceria com a ONG Internacional CUAMM; o projecto é financiado pela Embaixada do Reino dos Países Baixos em Moçambique. * * * * * Após a passagem do ciclone Kenneth, a OIM e parceiros forneceram ajuda de emergência imediata através do fornecimento de abrigos de emergência e artigos não alimentares a mais de 45.000 famílias, que incluíam lonas, conjuntos de ferramentas, cobertores e outros artigos de primeira necessidade. A OIM forneceu a 2.200 famílias materiais de construção e apoio em mão de obra para a construção de abrigos resilientes. A OIM reequipou sete edifícios públicos danificados pelo ciclone e prestou apoio em Coordenação e Gestão de Campos (CCCM) em locais de deslocamentos. A OIM prestou serviços de saúde mental e aconselhamento médico a mais de 2.000 pessoas, referiu 470 doentes para cuidados médicos especializados e actividades de apoio psicossocial a mais de 33.000 pessoas. Além disso, o programa HIV/TB identificou mais de 1.300 indivíduos cujo tratamento tinha sido interrompido, dos quais quase 700 foram reintegrados com êxito no tratamento. A resposta de emergência à cólera atingiu o seu auge no primeiro trimestre de 2020; a OIM ajudou as missões do Departamento de Saúde a criar centros de tratamento da cólera, que avaliaram e ajudaram a tratar mais de 190 pessoas e alcançaram mais de 7.100 outras através de uma variedade de actividades de sensibilização. A Matriz de Acompanhamento de Deslocações (DTM) da OIM expandiu as suas operações a 19 distritos e, em coordenação com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), realizou oito avaliações de base, registando estimativas de população e distribuição geográfica, necessidades sectoriais e acesso a serviços. A DTM realizou ainda oito Avaliações de Localizações Multissectoriais em cinco locais de reassentamento e trânsito nas províncias de Cabo Delgado e Nampula: De acordo com relatórios recentes da DTM, 6.655 pessoas continuam deslocadas em locais de reassentamento e de trânsito. A OIM está a prestar apoio multissectorial às famílias afectadas pela insegurança, incluindo Saúde Mental e Apoio Psicossocial, Protecção, abrigos de emergência e artigos não alimentares, juntamente com a coordenação dos clusters de Abrigo e CCCM, na medida do possível e quando o acesso é permitido. Nos últimos três meses, a OIM prestou apoio em matérias de abrigos de emergência e de artigos não alimentares a mais de 5.600 famílias em quatro distritos que receberam pessoas deslocadas devido à insegurança. Para mais informações por favor contactar: OIM Moçambique: Sandra Black, +258 852 162 278 |