Jornalistas e activistas recomendam tratamento equilibrado de informação sobre o género
MAPUTO, Moçambique, 13 de Março de 2015 - Profissionais do sector de género e mídia concluíram, ontem, numa mesa-redonda no escritório da IREX, que o foco no tratamento de informações sobre violência baseada no género descura a perspectiva das vítimas e desculpabiliza os agressores. Os participantes analisaram textos, partilharam experiências e constataram que os profissionais de mídia, muitas vezes sem querer, acabam por alastrar, agravar ou traçar caminhos para o surgimento de novos problemas. ''O que o jornalista publica é o que ele entende sobre assunto, e se ele tiver um entendimento restrito, o seu texto o acompanhará e não será muito didáctico. É preciso ter um domínio cultural e social do que o jornalista pensa sobre género'', disse uma participante, reiterando a importância do conhecimento como a base fundamental para qualquer comunicador escrever sobre género. Cuidados básicos como protecção das vítimas, necessidade de melhor articulação multissectorial junto às instituições envolvidas ou responsáveis pelo assunto; entendimento sobre os procedimentos jurídicos, sociais e culturais; focalização no impacto na vida das vítimas e humanização da história; seguimento dos casos e informar, as vezes, sobre os melhores procedimentos a tomar são algumas instruções básicas dos participantes para os que cobrem assuntos de género na mídia. Na ocasião, os participantes reconheceram que os editores têm um papel crucial para que os órgãos de informação veiculem matérias jornalisticamente relevantes. O Programa Para Fortalecimento da Mídia é financiado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional e implementado pela IREX.
Profissionais da comunicação social discutem a melhor forma de colocar assuntos género na mídia
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