Comunicadores mobilizam-se para despertar a comunidade sobre os direitos da mulher
Maputo, Moçambique, 1 de Junho de 2015 - Dialogar com a comunidade, capacitar as mulheres, promover mais programas direccionados ao género feminino e a redefinição das relações de poder foram algumas das estratégias definidas para redução dos casos de violência baseada no género (VBG) e para integração efectiva da mulher nas rádios comunitárias. Os pontos foram abordados na semana passada, numa formação que juntou 25 jornalistas em Nampula, representando igual número de rádios comunitárias que participaram numa capacitação sobre VBG direccionada aos órgãos de mídia. "Não me respeitam. Por mais que eu tenha boas ideias não terei forças para transmitir porque eles não estão prontos para me ouvir", desabafou uma das participantes da formação, que encontra dificuldades para mudar algumas práticas que são prejudiciais às mulheres na sua comunidade. A formação tinha como objectivo promover a produção de programas sobre assuntos de género para sensibilizar a comunidade sobre matérias da VBG. Na ocasião, os participantes foram unânimes em afirmar que o problema da pouca participação da mulher, na mídia, deve-se aos papéis definidos para homens e para mulheres e na falta de estratégias de incentivo para a sua permanência na rádio. "Essa troca de experiências foi boa, as mulheres que já estão nas rádios comunitárias observaram que é urgente uma comunicação eficaz para mudança social e elas são a chave para a igualdade de género", disse Jumito Zeferino, jornalista da Rádio Ehale. O Programa Para Fortalecimento da Mídia é financiado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), e implementado pela IREX.
Mulheres jornalistas apresentam soluções para a integração efectiva da mulher na comunidade
Participantes fazem dinâmica de grupo durante a formação
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