quinta-feira, 13 de outubro de 2016

NOTICIÁRIO: Director-geral da TV Surdo estimula jornalistas estagiários a priorizarem a defesa de direitos humanos

Director-geral da TV Surdo estimula jornalistas-estagiários a priorizarem a defesa de direitos humanos

 

Maputo, Moçambique, 13 de Setembro de 2016 – O director-geral da TV Surdo, Sousa Camanguira, estimulou os estagiários do Mídialab a priorizarem jornalismo de defesa de direitos humanos, ao partilhar a sua experiência profissional, numa conferência de imprensa sobre inclusão de deficientes, na sociedade. "Jornalismo só presta quando está a serviço da defesa dos direitos humanos'', afirmou Camanguira, revelando que esta foi a premissa que norteou a existência da TV Surdo, para dar voz os grupos minoritários. Os futuros jornalistas não esconderam a emoção ao ver Camanguira a falar dos desafios da TV Surdo. "É uma referência, fez-me entender que o mundo não se acaba, pelas limitações que temos. Fez-me despertar para a vida.", disse Celeste Nhacocane, estagiária do Mídialab, que, na circunstância, revelou ter perdido em 50% a capacidade auditiva, há 8 anos. Para Lourenço Timba, também estagiário, a conferência fê-lo ganhar mais determinação e coragem. "Entendi que o jornalismo é um desafio, pois nos remete a diversas particularidades", declarou. Na ocasião, Camanguira falou da criação e perspectivas do canal que dirige. Falou do trabalho intenso que vem fazendo para que, por exemplo, os surdos tenham acesso às escolas, universidades e hospitais com línguas sinais; confidenciou que o seu maior desejo é que os jornalistas se envolvam mais nas comunidades, para poderem reportar a verdade, com isenção e com profundidade. A TV Surdo é uma plataforma de televisão online voltada à produção e difusão de conteúdos noticiosos com foco para surdos. É apoiada pelo Programa Para Fortalecimento da Mídia, financiado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), e implementado pela IREX.


Sousa Camanguira revela que a falta de intérpretes nas instituições públicas e em serviços noticiosos dificulta o acesso aos serviços básicos pelos surdos

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