Rafael Marques e jornalistas moçambicanos falam sobre governação, corrupção e papel da imprensa
Maputo, Moçambique, 06 de Outubro de 2016 – ''O que nós como juventude temos estado a fazer para inverter a corrupção?''. Foi a provocação de Rafael Marques, na palestra sobre governação, corrupção e o papel da imprensa em Moçambique e Angola. O evento, que teve lugar em Maputo, serviu para partilhar experiências e unir esforços de diversos actores como jornalistas, activistas, investigadores e estudantes no combate à corrupção e na promoção da transparência e da boa governação. ''Quando há divergências de interesses entre jornalistas e membros da sociedade civil, mais tempo se leva para se gerar mudanças na sociedade'', revelou o jornalista angolano Rafael Marques, para quem a transparência também tem a ver com a consciência individual. A experiência angolana, que é similar à de Moçambique, de acordo com Marques, faz crer que os cidadãos angolanos aspiram a ser corruptos e que a corrupção passou a ser um direito em Angola. Sobre a imprensa, o jornalista disse que "a instituição que regula a imprensa tem poder de polícia em Angola. Pode sancionar, bastando para isso achar que a imprensa é anti-patriótica". Para Matias Guente, editor executivo do Canal de Moçambique, os meios alternativos dissipam equívocos em Moçambique. ''Caso concreto foi a última marcha organizada em Moçambique, na qual os falsos analistas desincentivavam a participação das pessoas'', enfatizou Matias, quando falava do papel dos órgãos não públicos na disseminação de informação equilibrada. O evento foi organizado pelo Savana, Canal de Moçambique e Centro de Integridade Pública – esta última instituição é parceira do Programa Para Fortalecimento da Mídia, que é financiado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional, e implementado pela IREX.
Minhas páginas registam mais seguidores dos jovens do que as páginas do governo e de órgãos públicos angalanos. Este é poder da transparência - Rafael
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